Friday, November 30, 2007

War in Rio


Eu joguei muito pouco WAR na minha infância. Eu achava muito pouca geografia para meus conhecimentos de todas as capitais do mundo, e eu as sabia mesmo. Achava bobo jogar um jogo em que só se anexava regiões por meio de dados. Mas joguei algumas vezes, uma delas, até pouco tempo atrás com Alfredo e amigos. Bem. O jogo teve novidades: lançaram a versão Império Romano, por exemplo, em que você anexa regiões próximas de Roma. Ainda não joguei.

War não é apologia a violência, mas antes de tudo, uma forma de evidenciar a guerra, mesmo que ela seja urbana. Hoje de manhã, acesso o meu email e vejo a seguinte notícia - "War in Rio". Um morador do Rio de Janeiro - Fábio Lopes, além de ter um blog, criou e divulgou um jogo peculiar de tabuleiro - War in Rio. O designer de 29 anos, morador da zona Sul carioca, mestre na sua área, divulgou as fotos e confeccionou o dito jogo em forma de protótipo do que seria o jogado pelas demais pessoas interessadas. No lugar de países, ter-se-ia bairros da cidade, a zona norte, a zona sul, a zona oeste, a baixada fluminense, e o centro. No lugar de exércitos, ter-se-ia as milícias, como o Comando Vermelho, a PM, o BOPE, o Terceiro Comando e outros...

Não. Não tem nada de engraçado. O filme recém lançado, Tropa de Elite, em que o Baralhão de Operações Especiais é a instituições central do filme, mostra não apenas soldados mal pagos pelo Estado do Rio de Janeiro, mas o sofrimento de famílias que contam como seus membros, soldados do BOPE. A situação passa dos limites a muito tempo, desde do Gov. do Sr falecido Leonel Brizola, seguido por Marcelo Alencar, Garotinho e agora Cabral. Diga-se de passagem que os prefeitos nunca foram também conhecidos como gente honesta, digamos assim.

As autoridades reclamam do Governo Federal, mas pagam mal a polícia e mal aparelham a mesma. Se a arte imita a realidade, o filme demonstra viaturas sucateadas sendo usadas pela polícia, mostra policiais tendo que conviver no meio de bandidos, coisa impossível de se combater, por melhor que seja o caráter dos mesmos.

O jogo de Fábio Lopes apenas pega o embalo do filme e mostra, mais uma vez para a sociedade, o quanto uma cidade pode ser tomada por máfias e milícias, numa espécie de poder paralelo ao Estado de Direito: há o Estado, com suas instiuições legais, com suas leis; e há o poder paralelo, na qual as milícias ditam para os cidadãos as demais restrições que os mesmos têm de obedecer para não serem assaltados, para não serem sequestrados, não sofrem qualquer tipo de coação física ou psicológica quando se vive na mesma.

É uma pena. Eu não gosto do Rio, mas tenho pena de quem mora e gosta tanto de uma cidade que está se acabando, que sua economia sobrevive de royalties do Petróleo extraído de lá e quando isso tudo acabar, será tomada pelo narcotráfico, pois esse terá mais poder e receita que o próprio estado do Rio de Janeiro.

Confesso que isso não é particularidade do Rio, mas nas demais cidades, as pessoas brigam, as pessoas protestam e não ficam nesse estado de letargia, de observar que os políticos que elas elegem são nada mais que bandidos de paletó e gravata, tentando lavar dinheiro por meio da máquina pública. Nisso, quando observamos nas demais cidades, há julgamento, há aparição na mídia, como foi o caso de Vitória, no Espírito Santo. Talvez, e possivelmente, o tráfico já tenha até mesmo corrompido a própria mídia, e como todos sabemos, se um Estado detém o poder da mídia, estamos numa ditadura disfaçada, mesmo que ela seja comandada por milícias e bandidos.

Sinceramente, isso é muito triste, e isso pode se alastrar por todo o país, como aconteceu na Itália, se não tomarmos alguma atitude, matando mais gente inocente e não-envolvida com o crime, moradoras ou turistas daquela cidade.

É, prefiro continuar não jogando War.


Veja também Arnaldo Jabor sobre Tropa de Elite no caderno 2 do Estado de São Paulo

Monday, October 22, 2007

O PT ESTÁ VENDENDO O PAÍS!

Leilão de rodovias federais.

Ainda bem!

Estaremos melhor quando todo bem público (sem seguir a definição usada na Economia, apenas uma referência ao "dono" do bem) deixar de ser administrado pelos políticos brasileiros. Pelo amigos dos políticos brasileiros. Pelos brasileiros. Nada como vender tudo aos europeus. Darwin puro: eles, europeus, se adaptaram melhor à economia mundial, aos mercados abertos, à globalização. É por isso que têm a renda per capita que têm, comercializam o quanto comercializam, têm o capital humano que têm etc. Mesmo se controlarmos pelo tempo que existem ainda aposto neles (alguém poderia renascer a convergência de Solow argumentando que o longo prazo ainda não chegou!). E mesmo se os dados me contradizessem eu ainda afirmaria que eles se adaptaram melhor. E, por Darwin, quem não se adapta tende a morrer mais facilmente.

Ainda bem! Quem sabe os brasileiros mais bem adaptados aos tempos modernos sobrevivam, como prevê a teoria!?

Mais bem adaptados que os europeus são os americanos. Eles batem os europeus em todos os quesitos acima. Os europeus tendem a morrer! É isso! Os protecionistas tenderão a morrer. Os desenvolvimentistas tenderão a morrer. Os keynesianos tenderão a morrer. Os "Caros Amigos" tenderão a morrer. O Paulo Henrique Amorim tenderá a morrer. A Marilena Chauí tenderá a morrer. O BNDES tenderá a morrer. E com ele todos os projetos de valor zero. A Lei Rouanet tenderá a morrer. O cinema-repentista-cordelista-rapadura-da-Petrobras tenderá a morrer. E com ele o Suassuna e o apoio ao lula-molusco dos nossos artistas de novela, nossos "intéléquituais".

Não vou discutir a privatização. "Privatização: discutir mais o quê?". Mas é de rachar o bico a mais-nova-contradição-do-PT-de-todos-os-tempos-da-última-semana. Usou retórica barata, própria aos imbecíllis, ao falar da "venda do patrimônio" nas privatização como bandeira anti-PSDB nas eleições, mas fez tal qual. O que dizer aos eleitores enganados? Por que não se renderam antes à lógica?

No final das contas, o que importa é que Darwin matará a todos.

Original em: http://liberos.blogspot.com/2007/10/o-pt-est-vendendo-o-pas.html

Saturday, September 15, 2007

Para dizer que não falei de coisas boas...

Lendo no site da BBC, noto uma importante notícia sobre a pobreza brasileira: o rendimento do pobre em 2006 é o maior em dez anos, isso quer dizer que o pobre conseguiu recuperar o poder aquisitivo que fora perdido durante o período de 1996 a 2006.

"O rendimento médio mensal dos trabalhadores que estavam na metade de baixo da pirâmide foi de R$ 267,00 em 1996, R$ 257,00 em 1999 e R$ 293,00 em 2006.

Na média de toda a massa de trabalhadores, incluindo os que ganham mais, o rendimento do ano passado é o maior desde 1999, mas ainda é inferior ao de 1996, início do período escolhido pelos pesquisados do IBGE para a comparação.

A série mostra que o rendimento médio mensal real do trabalho de pessoas com mais de 10 anos alcançou um pico em 1996, quando era de R$ 975,00. Começou a cair desde então, ficou estável entre 2003 e 2004 e começou a subir a partir de 2005.

Entre 2005 e 2006, passou de R$ 824,00 para R$ 883,00, uma alta de 7,2%. Somando os dois últimos anos, o aumento é de 12,1%.

“O ganho real do salário mínimo de 13,3% em 2006 frente a 2005 foi um dos fatores determinantes para o resultado observado em termos de crescimento dos rendimentos médios de trabalho no período”, diz o relatório."

Além disso, a Pesquisa por Amostragem de Domicílios apresentou uma redução do índice de Gini, o que mede a concentração de renda.

"O índice de 0,541 da distribuição de rendimentos de 2006 é o menor desde 1981, “mas ainda indica forte concentração dos rendimentos de trabalho”."

Ou seja, apesar de toda a robalheira, apesar de todos os problemas internos referentes a corrupção, a economia brasileira vai bem, obrigado.

Uma questão importante que surge é: e a eficiência do processo?! É boa ou ruim?! Segundo a coordenadora do IBGE, Márcia Quintslr, temos que "recuperação do rendimento para as pessoas com salários mais baixos "decorreu, entre outros fatores, dos diversos aumentos reais do salário mínimo observados no período". Indagada se esses resultados teriam relação com os benefícios do programa Bolsa Família, ela lembrou que esses dados se referem ao rendimento do trabalho, mas admitiu que os efeitos indiretos do programa na economia podem ter contribuído para o resultado."

Será?!

Wednesday, September 5, 2007

As “MSIs” Estatais (e com muito mais cacife)

O que podemos esperar de um ambiente de juros internacionais baixos por longo período, grandes players com câmbio desvalorizado artificialmente, o maior deles com déficit em transações correntes crescente, acúmulos gigantescos de reservas e preço do petróleo em alta? E se um dos maiores acúmulos de reservas vier de uma ditadura? Lembrando ainda que a Opep não é formada por exemplos de democracia.

Deveríamos acreditar, no mínimo, em grandes mudanças estruturais em todo o mundo. Economistas de boa estirpe, que levam mais a sério a escassez, já antecipam uma nova deterioração das finanças mundiais. A atual crise no mercado de crédito imobiliário parece “fichinha” perto do que pode dar as caras nos próximos anos. Estou falando dos Fundos de Riqueza Soberana (Sovereign Wealth Funds), constituídos por capital estatal, sendo boa parte formada por reservas internacionais acumuladas nestes anos de farto influxo de capital em países emergentes. E os problemas não provem apenas de quem investe este dinheiro.

Se no Brasil já discutimos o custo de oportunidade de se acumular mais que R$ 150 bilhões em reservas, imaginem países como China e Japão. Lá, o necessário para dar credibilidade e “colateral” aos investimentos estrangeiro já passou do ótimo. Era de se esperar um apetite por retornos maiores que 5% ao ano. Segundo estudo do Morgan Stanley, em 7 anos, estes fundos estarão movimentando mais de US$ 10 trilhões, muito além do movimentado por hedge funds ou fundos de private equity.

Sabemos que governantes têm objetivos (políticos) que diferem, em muitos casos, dos objetivos de um acionista “privado”. Usar (desperdiçar?) bilhões de dólares em investimentos externos podem trazer instabilidades preocupantes e de repercussões mundiais, dada esta divergência de escopo. Podemos imaginar ofertas hostis de fundos russos por empresas norte-americanas. Sauditas majoritários em empresas britânicas. Apesar de fantasioso, petrodólares da Venezuela tentando comprar petrolíferas texanas!

Não é de arrepiar a possibilidade de estatização dos meios de produção pela própria via capitalista? Muito alarmismo? Não sei. Afinal, o que aponta para uma reversão destes fatos? Os grandes acúmulos de reservas, que abastecem estes fundos, vêm tanto do alto consumo norte-americano quanto da política cambial dos acumuladores. Apesar da crise atual, dados do Departamento de Comércio dos EUA mostram que os gastos do consumidor subiram mais do que o esperado, em julho. Se a percepção for de que a restrição de liquidez é passageira e rápida, o padrão de consumo não tem porque mudar. Se não bastasse, a Ásia parece ter retornado à era mercantilista após a crise de 1997 – para mim, uma lição mal aprendida – e nada a faz mudar de curso, muito menos a pressão de Washington. Se vier, será lenta e quando convier.

Vindo de governos, minha máxima diz que, cedo ou tarde, as coisas começarão a feder. Apesar de cético quanto à efetividade da regulação financeira, acredito que este seja o caminho menos doloroso para este tipo de capitalismo de Estado crescente. Em se tratado de governos, caberia a órgão supranacionais (FMI ou BIS) colocá-la em prática. Assim como fundos hedge, os SWF são pouco transparentes em suas estratégias e em sua administração. Apesar disso, vale ressaltar que alguns destes fundos optam por não ter direito a voto na participação das empresas adquiridas, como foram os casos da China no Blackstone e o Government Investment Corporation, de Cingapura, em alguns de seus negócios recentes.

Mesmo assim, dá-me calafrio: falta de transparência mais governo mais trilhões de dólares. Ficar na mão do governo brasileiro já nos traz problemas suficientes. Aumentar a exposição a desvarios chineses, russos já não seria demais?

Saturday, August 25, 2007

Os Fundos Soberanos Representam uma ameaça ao Liberalismo e a Lógica de Mercado?

O atual arranjo da economia global traz um novo desafio para o liberalismo: o que fazer com o gigantesco acúmulo de divisas dos grandes exportadores, os chamados "fundos soberanos"? Países como China, Japão, Cingapura e demais tigres asiáticos e países exportadores de petróleo começaram a diversificar suas aplicações e agora seus fundos estão comprando empresas privadas de outras nações. Imaginem o governo Chinês comprando 51% das ações da Vale do Rio Doce!!! Seria uma reestatização, como querem os comunas e demais vermelhos, porém, servindo aos interesses do governo Chinêêês (vermeeeeelho), ao invés do brasileiro, e em detrimento a eficiência e aos interesses dos demais acionistas (a maximização do lucro). A atual arquitetura financeira global está abrindo uma brecha para que o intervencionismo se instale de maneira assustadora. Quem me garante que a eficiência do mercado, a maximização do lucro, não estará sendo trocada por interesses políticos? A pergunta que segue é: Esses fundos devem ser regulados? O FMI e o BIRD têm legitimidade para regulá-los? Esses fundos deveriam ser geridos por administradores ou políticos? Segue abaixo link com reportagem sobre o tema.

http://g1.globo.com/Noticias/Economia/0,,MUL91720-5599,00.html

Wednesday, August 15, 2007

It´s the economy, stupid!

Em texto intitulado Os múltiplos de Lula-Molusco (sim, sempre ele! Como bom brasileiro, não desisto nunca!) expus meu theta. Além de partir da (velha) premissa politicamente incorreta (e, por isso, esquecida pela imprensa) de que o lula só está aí – e ainda – porque é grande o número de brasileiros que não sabem votar, apresentei minha máxima:

“Eu, com minha máxima infalível (recomendo... é imbatível e poupa tempo) de que tudo que é público dará m_r_a cedo ou tarde...”.

No caso norte-americano ela é válida. Aliás, especialmente mais válida (!) que em países como o nosso, onde o estrago que o governo pode causar, em termos monetários, é relativamente menor que lá. E a explicação para esta guinada à esquerda nos EUA decorre dela, da minha máxima. Em certo momento a revista afirma:

“Even Mr. Bush's apparently oxymoronic trust in ‘big-government conservatism’ is shared in practice by most Republicans in Congress” (negrito por minha conta).

Países que brincam de grandes governos e grandes intervenções estatais, cedo ou tarde, pagam o preço do erro. Os países escandinavos, neste caso, não são exceções, haja vista as crises do início da década de 90 e as alterações nas tetas mamáveis (sugiro o texto do economista sueco Stefan Karlsson). Com os norte-americanos não será diferente. O problema virá da incapacidade dos governantes de sustentar a economia, tendo em vista que não cabe a eles sustentar economia alguma, e da percepção errônea do eleitorado de que lhe é de direito ser sustentado pelo Estado!

Com isto, teremos ondas de protecionismo, “nossa indústria deve ser protegida” ou “olha quanto emprego e renda nós geramos” (quanto emprego e renda não é gerado no tráfico de drogas, ou mesmo na prostituição de menores, e nem por isso os protegemos); distribuição de dinheiro público a rodo no health-care universalizado (o problema, acredito, não está no health-care em si, mas no universalizado); invasão dos verdes, com imposição de maiores restrições à construção e à exploração do meio-ambiente (seguindo a máxima, provavelmente será feita através de taxação, ou mesmo por impedimento, e não por concessão e regulamentação da exploração); leis de “proteção” ao trabalhador e ao desempregado (engraçado, na escolha entre trabalhar-ou-não levamos em conta salário versus ganhos de utilidade do lazer... se te pagam pelo lazer, o que vocês acham que acontece com a quantidade de trabalho ótima? Pois é!) etc.

Já conhecemos os perdedores: os outsiders do mercado de trabalho, especialmente os menos produtivos, o consumidor, que passará a pagar mais caro pelos produtos protegidos (nosso nacionalismo deveria ir tão longe quanto nosso bolso permitisse?!), os acionistas das empresas (cidadãos comuns como as velhinhas da Flórida, do grandes fundos de pensão), e as futuras gerações (coitadas, não votam!). Está comprado o ticket para o caminho da servidão.

Sunday, August 12, 2007

E a América?!

I would like to buy a 'damburger'...
[Steve Martin, in Jacques Clouseau - The Pink Panther]




Se na América Latina há o fenômeno de 'esquedalização' do poder, como na Bolívia, Venezuela, Brasil, Argentina, para dizer os principais, e nos Estados Unidos?!

Na capa de The economist, de 12 de agosto de 2007, temos uma parte da resposta: Is America turning left? Há uma boa discussão apresentada pela publicação britânica a respeito da recente política americana, como o papel de George Walker Bush de ser o homem-ponto-de-inflexão na lendária disputa eleitoral entre os ditos liberais democratas e os conservadores republicanos, com consequencias não-observadas ex-ante:

In foreign policy, the man who sought to transform Iraq, the Middle East and America's reputation has indeed had revolutionary effects, though not the ones he was aiming for.

Primeiramente, recebemos essa chamada: Bush é o culpado. Sua sede de eliminar democratas do poder parece ser insaciável ou algo fora do comum, entre os consevadores:

it is easy to see why Mr Bush and his strategist, Karl Rove, dreamed of banishing Democrats from power for a generation.

The easy scapegoat is Mr Bush himself. During his presidency, the words Katrina, Rumsfeld, Abramoff, Guantánamo and Libby have become shorthand for incompetence, cronyism or extremism.

Mas não culpemos o pobre Bush Jr! Aliás, ele não é culpado por toda a ingerência de seu partido, segundo The Economist:

Yet this President Bush is not a good scapegoat. Rather than betraying the right, he has given it virtually everything it craved, from humongous tax cuts to conservative judges.

Many of the worst errors were championed by conservative constituencies. Some of the arrogance in foreign policy stems from the armchair warriors of neoconservatism; the ill-fated attempt to “save” the life of the severely brain-damaged Terri Schiavo was driven by the Christian right. Even Mr Bush's apparently oxymoronic trust in “big-government conservatism” is shared in practice by most Republicans in Congress. [...] Now the American people seem to be reacting to conservative over-reach by turning left. More want universal health insurance; more distrust force as a way to bring about peace; more like greenery; ever more dislike intolerance on social issues.

Sim, a America está nos seguindo. O continente americano está virando a esquerda, como um todo. Mas não pense que essa maionese é consistente ou homogênea. A esquerda americana apresenta algumas peculiaridades, assim como as nossas, na América Latina. Lula, apesar de gostar da política 'salve-os-pobres', não é igual a Chavez, muito menos parecido com Moralez, ou o lendário Fidel (que, diga-se de passagem era mais amigo dos hoje Democratas brasileiros baianos que do próprio PT paulistano; aliás, democratas para o ex-PFL é brincadeira de mal-gosto, para os democratas, claro).

Nos Estados Unidos, The economist diz que:

Mrs Clinton might be portrayed as a communist on talk radio in Kansas, but set her alongside France's Nicolas Sarkozy, Germany's Angela Merkel, Britain's David Cameron or any other supposed European conservative, and on virtually every significant issue Mrs Clinton is the more right-wing. She also mentions God more often than the average European bishop.

E se isso é bom ou mau para o mundo, prossegue dizendo:

The Democrats are moving to the left not just on health care, but also on trade; and a more protectionist America would soon make the world's poor regret Mr Bush's passing. Similarly, many Europeans may yearn for a less interventionist America; but an isolationist superpower could be much more frightening.

A questão que se coloca é simples e ao mesmo tempo complexa: o que é melhor para o mundo? o que é melhor para os EUA? Há diferença ou a lendária frase de Smith estaria errada: o bem individual nos leva ao bem-estar coletivo?